No relatório publicado na última quinta (15) pela McKinsey & Company, o Brasil foi classificado em 8° lugar no ranking de países com maior inflação. De acordo com a consultora, o país possuía uma expectativa de inflação em torno de 5% para 2022. Porém, em junho, esse percentual já havia dobrado, chegando a 10%.
O relatório mostra como a inflação alterou o clima econômico e redefiniu o caminho das economias globais e nacionais em todo o mundo nos próximos anos.
A partir da examinação de implicações estratégicas da inflação, especialistas da McKinsey criaram um documento baseado nos mais recentes dados disponíveis publicamente, com sete gráficos ilustrando o progresso da inflação.
Nos últimos seis meses, a inflação superou drasticamente as expectativas de dezembro de 2021. Em muitos países, as taxas reais duplicaram as projeções.
Os países do continente europeu foram os particularmente afetados. No caso da Lituânia, por exemplo, a inflação está em 15,5% ao ano, quase cinco vezes a taxa esperada. Na Polônia, está em 11% e no Reino Unido, em 9%, ambos bem acima das projeções. A exceção é a Suíça, com inflação de apenas 3%.
Já na Ásia, a mudança se mostrou menos severa. O relatório indicou que a inflação indiana é de cerca de 7%, apenas um pouco acima das projeções; e a Coreia do Sul está em 5%. Na China e no Japão, a inflação permanece com índices baixos.
Acima da inflação no Brasil, estão países como Lituânia, Estônia, Letônia, República Tcheca, Polônia, Eslováquia e Hungria.
Brasil é o 6º país em aumento de taxas de juros
O país sobe uma posição no ranking quando o assunto é taxa de juros. No início de 2022, a taxa Selic estava em 9,25% ao ano. Até junho, foi elevada quatro vezes pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), subindo 4 pontos percentuais.
Neste quesito, o Brasil só perde para a Argentina (14%), Ghana (6,16%), Hungria (5,35%), Chile (5%) e Polônia (4,25%).
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