Uma pesquisa da gestora Grayscale Investments, especializada em criptomoedas, mostrou que o percentual de norte-americanos que investem em Bitcoin aumentou de 23% em 2020 para 26% em 2021.
Segundo o levantamento, a demanda por estes ativos aumentou consideravelmente este ano: mais da metade (55%) dos atuais investidores entrou neste mercado nos últimos 12 meses.
“Os investidores estão ansiosos para comprar, sentimento refletido pelo recorde histórico da criptomoeda em novembro de 2021”, aponta a gestora de recursos.
Nos últimos 12 meses encerrados em dezembro, o preço do Bitcoin em dólar se valorizou mais de 170%. O recorde histórico foi atingido no dia 8 de novembro, quando a criptomoeda chegou a ser negociada por US$ 67.500.
Mas é importante lembrar que essa valorização não aconteceu em linha reta: o preço do Bitcoin oscilou bastante, com a volatilidade típica deste mercado.
Apenas nos últimos dias, o Bitcoin registrou queda de mais de 20%, provocando a liquidação de milhares de traders que estavam operando alavancados com o ativo – uma prática altamente arriscada e que não é recomendada por nenhum especialista.
Ainda segundo a pesquisa, aproximadamente 66% daqueles que compraram Bitcoin nos últimos 12 meses mantiveram a criptomoeda na carteira. Entre os investidores que já venderam, 91% tiveram pelo menos algum lucro com a operação.
“Mesmo com o aumento de segmentos de mercado de criptografia, com a popularização do DeFi e dos NFTs, o Bitcoin ainda representa 46% do valor total deste mercado”, afirma o relatório.
Já o número de pessoas que ainda não investem, mas que consideram comprar Bitcoins também vem aumentando ano a ano.
As duas principais funções do Bitcoin, de acordo com os entrevistados, permanecem como: reserva de valor e método de pagamento.
“Enquanto instituições financeiras continuam a lutar contra o papel do Bitcoin na economia global, muitos investidores têm demonstrado clara preferência em usar esta criptomoeda para acumular retornos de longo prazo”, diz o texto.
Entre os entrevistados que percebem o Bitcoin como um método de pagamento, um quinto enxerga como um meio de troca para adquirir mercadorias e serviços.
Em relação ao risco deste tipo de ativo, os investidores mais velhos se mostraram mais preocupados: mais de dois terços (69%) dos entrevistados com idades entre 55 e 64 anos disseram que isso era importante.
Por outro lado, jovens investidores entre 25 e 34 apontaram o risco como um tópico menos crucial.
A pesquisa ouviu 1.000 norte-americanos, com idades entre 25 e 64 anos, com pelo menos US$ 10 mil em investimentos e US$ 50 mil de renda familiar (anual).